sábado, 20 de dezembro de 2008

A desobediência civil

"...A grande maioria dos homens serve ao Estado desse modo, não como homens propriamente, mas como máquinas, com seus corpos. São o exército permanente, as milícias, os carcereiros, os policiais, os membros da força civil, etc. Na maioria dos casos não há um livre exercício seja do discernimento ou do senso moral, eles simplesmente se colocam ao nível da árvore, da terra e das pedras. E talvez se possam fabricar homens de madeira que sirvam igualmente a tal propósito. Tais homens não merecem respeito maior que um espantalho ou um monte de lama. O valor que possuem é o mesmo dos cavalos e dos cães. No entanto, alguns deles são até considerados bons cidadãos. Outros - como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, ministros e funcionários públicos - servem ao Estados principalmente com seu intelecto, e, como raramente fazem qualquer dintinção moral, estão igualmente propensos a servir tanto ao diabo, sem intenção de fazê-lo, quanto a Deus. [...]Um homem sábio só será útil como homem e não se sujeitará ao papel de "barro" para "tapar" um buraco que impeça o vento de entrar", mas deixará esta tarefa, ao menos, para suas cinzas:
' sou nobre demais para ser posse, ser um subalterno no comando, ou mesmo servo e instrumento útil a qualquer Estado [n.e: seja ele o Estado ou outras formas de Estado] soberano deste mundo".
Henry David Thoreau em A Desobediência Civil

Silas Felipe e a Era Tape

Meu amigo Silas é umas dessas pessoas que fala e escreve de forma muito espontânea - e engraçada, às vezes, é bem verdade. Ele ama anos 80 e Queen (acesse ERA TAPE). E logicamente foi no show dos veterenos do rock quando vieram aqui em novembro. No dia seguinte ele me escreveu contanto como foi. Reproduzo abaixo seu coment... : ) --------------------------------------------------------------------
"Oi Marcinha!
Te mando algumas fotos do show do queen.
Foi muito muito muito massa!!! O melhor q já fui... ver sua banda favorita a poucos metros não tem preço. E to com a voz meio estragada até hj (sábado)..fora q minha perna doe demais. Enfim, eu me esgotei, mas valeu a pena. A grande surpresa na minha opinião foi quando tocaram "Under Pressure", minha musica favorita!! Nossa, confesso que fiquei emocionado ao ouvir, pois essa muúsica me faz lembrar de varias coisas boas e experiências de vida. E o mais legal foi que não estava no set list dos últimos shows. E love of my life tb foi bem bonito...o coro de vozes foi incrível. E tb achei muito massa o "Kind of Magic" pois acho muito anos 80...foi nessa hora que caiu minha ficha que estava no show do queen. E não tem como não imaginar como seria esse show com o Freddie Mercury...no Bohemian Rhapsody, eles iluminaram um piano vazio e colocaram um vídeo dele cantando a primeira parte. Nossa, foi demais.
Bom, ainda to no espírito do show. Foi um dia muito especial e to meio confuso com as palavras pq eu quero falar várias coisas td ao msm tempo hehehe
Hj (sábado) peguei o dia pra descansar. Eu fiquei realmente cansado...e quase dormi na estrada voltando (chegue aqui 4:30). Sorte q parei no frango assado e tomei café, guaraná e coca cola..."


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Oscar Freire I - Mundo Estranho - Parte III

Era 24 de julho de 1943... Oswaldo Raele foi à feira com seus 3 filhos... quando voltou, sua esposa, Dona Ana Pagliuca Raele, conhecida carinhosamente como Nina,
disse: "pegue as crianças e leve para a casa de minha mãe, e chame a parteira. O Cláudio vai nascer". E assim foi. Nasceu, ali na rua Oscar Freire, 330. Na verdade essa história aconteceu mesmo para meu tio Sérgio, o último dos cinco filhos do casal Raele. Mas adaptei-a a meu pai Claudio, que também nasceu ali...os cinco filhos nasceram ali na Oscar Freire [São Paulo,SP], um local com muitas histórias para contar...pelo menos as que meu pai conta são todas fantasticamente engraçadas, e posso dizer, com certeza, sem nada do glamour daquela que é considerada hoje uma das ruas mais chiques do mundo.
Todas essas histórias um dia estarão reunidas... mas ao momento o que quero dizer é o seguinte: como os anos transformam a vida... de brigas entre gangues de rua, cavalos que entram no cinema, jogos de futebol, o início da carreira de Boris Casoy, e a feira (que começava logo ali em frente a casa de meus avós) ao que é hoje com suas lojas de grifes, e que, dizem os experts no tema, dita tendência e reúne o melhor da moda [para eles].
A revista Elle desse mês trouxe um suplemento totalmente dedicado às lojas da Oscar Freire e suas travessas e paralelas. Mara Mac, Maria Garcia, Mob, Lacoste, Triton, Miss Sixty, Rosa Chá, Vivara, Dolores, etc, etc, etc... um mundo totalmente estranho para mim dentro da minha própria origem. Nasci da união de duas pessoas desse arredor - minhã mãe morava na Alameda Lorena - e que hoje em nada pertence a mim. É por isso que digo - como os anos transformam a vida...